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06 janeiro 2017

Por do Sol na Pedra Grande - Por Hugo Nani.

    
      
      

HUGO NANI cresceu frequentando a Pedra Grande;
Voou de parapente por alguns anos;
Atualmente, pratica apenas o surfing.



     Pedra Grande de Atibaia.

     Meca do voo livre no Estado de São Paulo. Um dos "Paraísos do Voo Livre" no mundo, numa tarde sem asa nem parapente no ar, sob um lindo por do Sol de Primavera!

   

VISTA NOROESTE






A SERRA DO JAPI DESPONTA NO HORIZONTE!











UMA HOMENAGEM AOS PRIMEIROS VOADORES? 




    

08 agosto 2016

FAI Hang Gliding Championships 2016


CLIQUE NA IMAGEM E ASSISTA AO VÍDEO.

11 fevereiro 2016

Nunca Deixe de Voar!


            Um vídeo dedicado a todos os que nunca desistem dos seus sonhos!


Imagem daqui




16 agosto 2015

"Tempo de Glória"!


Imagem Daqui.
 
     Mal sobre suas pernas se postara vigoroso, fazia dos braços asas. Corria  desembestado campina abaixo, transpondo valas e cupinzeiros! Obcecado pelas alturas!

     A alma inquieta saltava de seus sonhos. Ganhava sustentação sobre colinas, vales e riachos!

     Por vezes, árvores frondosas escaladas com competência, lhe acrescia referência de altura e o frescor da brisa lhe secava o suor!

     Enchia a pleno de ar os pulmões. Contemplava o horizonte!  Fingia flutuar!

     Muito tempo depois, dotado de asas sintéticas feitas com ossos de tubos ocos e penugem sedosa, ganhou os céus! Tocou as nuvens. Sentiu-se ave. Venerou o Altíssimo!

     Extasiado, planava distraído, repetidamente!

     Porém, o tempo de glória também é efêmero!

     Agora, as paisagens esculpidas eternamente em sua memória, extrapolam os limites do seu corpo  frágil!

     Sua alma hoje aprisionada, liberta-se do confinamento compulsório de uma vida contemplativa, melancólica, e voa sob um céu metafísico!

     "Posso ir além quando adquiro a capacidade de voar como águia e sonhar feito  criança". Robson F. de Brito.

25 junho 2015

Onde Nascem os Sonhos!




   
    Todos os seres humanos, nascem  com o instinto para voar!

     Em determinado momento da vida,  o impulso nativo lhe dará asas: reais ou
abstratas, congênitas ou adaptadas!

    É natural que o voo faça parte  dos sonhos do homem  e do cotidiano da sua existência neste planeta!

    É desnecessário descrever os feitos dos inumeráveis precursores da nossa história, que transformaram sonhos em realidades!

    Meu fascínio, certamente, foi o  mesmo que acalentou o sonho de  tantos outros, no  passado!

    Nascido e criado em contato direto com a natureza, meu sonho de voar pelos céus junto das aves, surgiu bem cedo!  Frequentemente,  deitado sobre a relva observava atentamente, os voos circulares de urubus e gaviões e ficava intrigado! Como eles subiam sem bater as asas e já próximo das nuvens, desapareciam no horizonte?
    
    Ainda adolescente, passei um mês de férias numa fazenda no alto da Serra da Mantiqueira, onde o acesso da base do morro até a sede só era possível a cavalo,  por trilhas. Meu tio - proprietário e também  grande predador da natureza -  transformou em carvão toda a mata que cobria a região em torno de um pico que se destacava na cordilheira!

     Em frente a casa da fazenda havia uma grande pedra. Sentado sobre ela, eu
passava  horas observando as aves que mergulhavam majestosamente sobre o precipício. Voavam para o vale à frente e desapareciam no fundo azul!  Meus olhos se fixavam sob aquelas asas.  Contemplava  o vale abaixo. A adrenalina anestesiava meus lábios e transpirava nas mãos!  Sentia o coração pulsar na garganta!  A sensação era inquietante!

      Muitos anos mais tarde, já com muitas horas de voo em asa delta, o saudoso amigo Yutaka Nacamura me dissera que havia uma estrada até o topo do Pico Agudo. Que quatro pilotos cariocas - de passagem por Santo Antonio do Pinhal - já haviam decolado daquele local.  Naquela mesma semana, logo pela manhã, fui conhecer o morro que tem mil metros de altura.  A ansiedade me inquietava!

    Uma espessa neblina encobria todo o vale!

    Armei minha asa enquanto o sol, lentamente, dissipava aquela cortina esbranquiçada! 

    Já com o sol aquecendo a terra, uma leve brisa começou a soprar do vale!

    À minha direita, o lugar onde antes havia a casa da fazenda do meu tio!  No horizonte, a Serra do Mar. Entre as serras, o Rio Paraíba do Sul e as cidades do grande vale!


    Corri para o abismo... Decolei!  Um bordo para a direita e sobrevoei por alguns instantes aquele lugar. Mal consegui ver a pedra sob a vegetação à sua volta. Não havia nem escombros da casa da antiga fazenda!

     Depois de voar por quase quarenta minutos, pousei próximo à estrada de acesso a Campos do Jordão.

Outros voos em diferentes épocas, foram mais demorados, porém, aquele primeiro, tornou-se inesquecível!

    Cada local de voo tem suas características e peculiaridades!  Para mim, aquele lugar sempre teve um especial encantamento!

    Lá,  os sonhos da minha infância se realizaram!

As imagens publicadas nesta postagem foram obtidas Aqui. Publicado originalmente no blog vitornani em 04 Mai 2012.



                                                                EVENTOS PROGRAMADOS

Open de Voo Livre em Brasília-DF em Agosto 2015.


                                       
       
27 Set 2015


Júlia Carolina da Cunha disse...
Bom dia!!! Li, deliciosamente, "Onde nascem os sonhos". Maravilha... Foi um incentivo para aprender a voar enquanto é tempo.... Obrigada!
Old Eagle disse...
Oi, Julia, bom dia! Que bom, que ajudou a despertar em você, o sonho de voar! Mas não espere muito, você sabe, o "tempo voa". E se resolver fazer esse esporte, faça-o com asa mesmo, ta? Obrigado pelo comentário. Abraços!
Celso Dias disse...
Caro amigo Dr. Nani,
Revivi parte de minha juventude e junto de você no Voo livre, com este seu relato de um sentimento vivido e realizado totalmente, realmente comovente!
Sentimos muito a sua falta no esporte, e espero que um dia ainda vamos nos encontrar e contar muita mentira como fazíamos nas rampas.

Abraço Celso Dias.
Old Eagle disse...
Gostei de seu comentário Celso! Obrigado. Acho que muitos da nossa época também realizaram os sonhos de menino. Bons voos!

16 maio 2015

Atibaia no Inverno.


*Pedra  Grande  - ATIBAIA-SP
      A cada frente fria que chega do Sul, despenca a temperatura aqui no Sudeste, anunciando a chegada do Inverno!  Os ventos do quadrante Norte/Noroeste tornam-se frequentes!


                 * A chegada desses ventos significam bons vôos na Pedra Grande em Atibaia!




     *Normalmente os dias frios começam com ventos fracos soprando de Sudeste, e à medida que o Sol aquece o ar, a direção muda em sentido anti-horário,  passado por Norte, Noroeste e no final do dia, termina vindo de Sudoeste, contornando assim o maciço da Pedra Grande da Serra de Atibaia ou Itapetinga - tombada em 1983 pelo (CONDEPHAAT) Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.


    *Como o Sol permanece aquecendo o vale á frente da Pedra na maior parte do dia, a melhor hora para o voo está entre as 13:00 e 17:00 horas com o vento de frente para a decolagem na face Noroeste.


*Alê Gerage  contempla a Pedra voando na face noroeste.

     Excelentes voos em lift e térmicas são realizados nesses dias, embora o local favoreça a prática do esporte o ano todo, com possibilidade de decolagem na rampa sudeste.





    * Ao entardecer, o vale se torna alaranjado e o horizonte pontilhado de silhuetas de asas negras! O cenário é esplêndido!



*Visual romântico  em noite enluarada!
       O Clube Atibaiense de Voo Livre - CAVL  - do qual fui presidente por três anos - foi criado por voadores apaixonados pelo esporte e pela Pedra  Grande, com o propósito de preservar para sempre, esse belo sítio de voo!  Na minha gestão realizamos três Torneios de Inverno - sempre no mês de Julho - que contribuíram, certamente, na divulgação do voo livre e da cidade, tornando-a  conhecida em todo o mundo, como um dos melhores locais para a prática desse maravilhoso esporte!


      * IMAGENS OBTIDAS AQUI. 

Ata de Criação do CAVL, redigida por mim.



   
Atibaia também é conhecida pelas suas festas do morango a das flores.


        Publicado originalmente no blog vitornani em 18  Mai 2011.

07 abril 2015

Um Voo Inesquecível, 15 Anos Depois!

   
      Faz quinze anos que um acidente quase me tirou a vida.

      Por considerar que ele poderia ter sido evitado; por eu estar aqui para narrá-lo; e sobretudo por estar feliz e agradecido a Deus por este privilégio, relembro hoje,  o dia em que decolei para realizar o voo mais infeliz  da minha vida!

                          ÚLTIMO VOO, AMARGAS LEMBRANÇAS!


    Esta é a história real de um acidente!  O Meu Acidente!


    Por mais de 10 anos passei por único culpado pelo ocorrido. Até pode ser.
    Sempre que acontece um acidente ou catástrofe, afirmamos que isso aconteceu por uma somatória de sucessivos erros, cujo desfecho deu no que deu! As pessoas envolvidas no episódio, são reais.

   No dia 8 de Abril de 2000, por volta das 12:00 horas, sofri um acidente no Aeroporto de Atibaia quando eu testava um trike confeccionado pelo Uraci e recém adquirido pelo Ernesto. 

   Como sempre ajudei e ensinei alguns amigos 
tanto no voo livre, como em trike, não recusei o pedido do Ernesto, para testar o equipamento.


Itatiba 1990
    Entretanto, não sabia que o Uraci  havia realizado profundas modificações naquele trike, que  comprometeram drasticamente o seu desempenho em voo... Desconfigurou todo o aparelho que eu já havia voado alguns anos antes.

   Mudou o Centro de Gravidade (CG), fixando o trike muito avançado na quilha da asa, deixando-o demasiadamente "picado". Embutiu os floaters dentro da vela da asa- Comet-, curvando para baixo, os bordos de fuga nas extremidades, que só em voo se percebia!

  Ao rolar na pista,  foram necessárias velocidade e potência máximas do motor para a decolagem!  Ao deixar o solo, em estol total, mal consegui altura suficiente para sobrevoar os hangares.

  Permaneci voando com extrema dificuldade no setor indicado para ultraleves, sobre a Rodovia Fernão Dias, mantendo potência plena no motor.  Qualquer tentativa de redução, a asa entrava num mergulho vertiginoso!  Penosamente, procurei manter o voo no setor, aguardando uma chance de pista livre para tentar por fim àquele pesadelo!

  Voava a uma velocidade acima de qualquer trike que eu já havia pilotado. Após alguns minutos, naquelas circunstâncias, uma eternidade - tendo cessado o movimento de aviões - voei em direção à cabeceira da pista.


Nata-RN 1988.
     Na reta final, com vento de proa - ao tentar uma pequena redução na potência - um afundamento incontrolável ocorreu!  Avistando  a cabeceira da pista acima da linha do horizonte, voltei à potência máxima do motor. O aparelho já não obedecia a nenhum comando! Ganhei um pouco de altura - o suficiente para tocar o bordo da pista - porém,  ele derivava para a esquerda, rápido e incontrolável!

   Todos os comandos pra sair daquela situação foram inúteis!  Só me lembro de ter visto a ponta esquerda da asa indo de encontro ao barranco! 


Porto Seguro-BA 1988.
     Senti uma pancada forte no lado esquerdo da cabeça! 

    Me vi em seguida deitado sem o capacete olhando o céu azul. Tentei mexer meus braços e pernas, mas não consegui; respirava com grande dificuldade! 

   Conclui que tinha lesionado a coluna cervical em níveis muito altos!

   A partir daquele momento, a minha luta era pela vida! 


Itatiba-SP 1991.
     O resgate chegou rápido. Eu estava consciente!

    Na UTI de um hospital em Atibaia -  recebia os cuidados de emergência - enquanto  aguardava remoção para outro hospital na cidade de Campinas!  Continuava com muita dificuldade para respirar!  Naquele momento, para o Sr Newton - Administrador do Aeroporto - a preocupação era com os problemas que o acidente poderia causar ao Aeroclube (Intervenção do D A C ).  Ao meu ouvido, insistiu para que declarasse à Polícia  que eu havia confeccionado o aparelho - que era o proprietário; que assumisse  total responsabilidade pelo ocorrido. Assumi.

    Vivi tempos difíceis nos anos que se seguiram!  Mas, com a ajuda da minha honrada família, em nenhum momento desisti de lutar!

    Hoje sou um portador de necessidades especiais vivendo como sempre vivi: intensamente, limitado apenas  pela tetraparestesia espástica com lesão medular em C3/C4. 

    Cada dia vivido é como um presente Divino!

Ubatuba-SP - 1991.
      Ainda hoje, não encontrei uma resposta  aceitável para esta pergunta:
      Como um principiante em voo motorizado - sem nenhuma formação em aeronáutica e com um conhecimento pífio  em aerodinâmica - se acha competente para realizar consideráveis modificações estruturais e de design  numa aeronave, comprometendo radicalmente a segurança do voo?  Some-se a isso, a irresponsabilidade de vender o aparelho sem antes testá-lo pessoalmente, ou alertar o comprador sobre as mudanças!    

      Enfim, reconheço que mesmo com uma experiência de doze anos voando trike - somados a mais onze de voo livre em asa delta - cometi imperdoáveis erros, ou pecados:
     Excesso de voluntariedade;
     Confiabilidade exagerada;
     Cordialidade isenta de malícia...
      
     Publicado anteriormente aqui em 11 de junho de 2013.

24 março 2015

Em Dias de Chuva, Assista...!



     VOAR É MAIS OU MENOS ASSIM! EM DIAS DE CHUVA, ASSISTA...!

     VÍDEOS FANTÁSTICOS QUE MERECEM SEREM ASSISTIDOS DE VEZ EM QUANDO!









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