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| Imagem Daqui. |
Mal sobre suas pernas se postara vigoroso, fazia dos braços asas. Corria desembestado campina abaixo, transpondo valas e cupinzeiros! Obcecado pelas alturas!
A alma inquieta saltava de seus sonhos. Ganhava sustentação sobre colinas, vales e riachos!
Por vezes, árvores frondosas escaladas com competência, lhe acrescia referência de altura e o frescor da brisa lhe secava o suor!
Enchia a pleno de ar os pulmões. Contemplava o horizonte! Fingia flutuar!
Muito tempo depois, dotado de asas sintéticas feitas com ossos de tubos ocos e penugem sedosa, ganhou os céus! Tocou as nuvens. Sentiu-se ave. Venerou o Altíssimo!
Extasiado, planava distraído, repetidamente!
Porém, o tempo de glória também é efêmero!
Agora, as paisagens esculpidas eternamente em sua memória, extrapolam os limites do seu corpo frágil!
Sua alma hoje aprisionada, liberta-se do confinamento compulsório de uma vida contemplativa, melancólica, e voa sob um céu metafísico!
"Posso ir além quando adquiro a capacidade de voar como águia e sonhar feito criança". Robson F. de Brito.

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