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03 agosto 2013

TRIKE.

Itatiba - 1998.

     O trike acrescentou aos praticantes de voo livre uma opção a mais. O aprendizado para o piloto de asa delta requer  adaptações de fácil assimilação, pois,  os comandos de navegação do aparelho são sobejamente de seu conhecimento. Porém,  nem de longe as sensação de voar livre - sem motor- pode ser comparada  quando decolamos empurrados por uma hélice acoplada a um pesado motor. Quem já voava livre e optou pelo trike,  foi certamente por recreação e para  ter disponível,  um aparelho que permite compartilhar mais facilmente o prazer de voar com amigos e familiares.



Aeroporto de Pindamonhangaba - 1987
Meu primeiro trike (rodas de bike, motor Cuiuna e Asa Sensor 180).

    Em 1986,  pouco se conhecia de trikes no Brasil.  Notícias  chegavam timidamente do Rio de Janeiro, onde o saudoso Heckel Capucci colocava à venda seus primeiros aparelhos.  Aqui em são Paulo, Luis Favero ainda testava seu protótipo sonhando com o sucesso que hoje alcançou sua indústria aeronáutica


.    Conheci então, em Guaratinguetá, Agliberto Macedo - Piloto Privado que havia confeccionado o seu próprio trike, homologado junto ao DAC (Departamento de Aviação Civil) com matrícula  já há alguns anos e muitas horas de voo - que se dispôs a construir o meu primeiro trike.




Embora exigente nos detalhes técnicos -  minucioso no acabamento e com muita experiência em voo  motorizado -  o Macedo só não conseguia ensinar.  Baseado na minha experiência,  posso afirmar sem errar,  que descobri sozinho como decolar, voar e pousar meu trike.

    Aos poucos outros amigos que só se encontravam nas rampas dos morros, começaram a aderir àquela   febre das  "maquinetas voadoras".

Praia da Fazenda - Ubatuba - 1987.
     Assim, grupos de "trikeiros" se reuniam em aeroportos,  praias, sítios e fazendas nos finais de semana.  Meus parceiros de voo eram os amigos:  Ernesto Zanardi,  Argos Rogano, Nilton Rocha e Agliberto Macedo.  Os voos realizados nas praias superavam  em muito, o prazer de voar no interior!  A paisagem, a segurança e a recreação garantida,  seja voando ou aproveitando a praia com os amigos e a família, excediam ao esforço de rebocar o equipamento a longas distâncias!  A diversão era compensadora!

Praia do Estaleiro - Ubatuba - 1987.
    As cenas interessantes e divertidas que vivi e  presenciei durante o aprendizado de alguns amigos - pretendo descrever aqui -  é que motivaram esta postagem e outras,  que publicarei futuramente.

   Com o crescimento da Ícaros, o voo de trike teve um impulso gigantesco,  pois agregou-se a escola de pilotagem- com equipamento de duplo comando para instrução e habilitação reconhecida junto aos órgãos reguladores do voo - ao produto pronto para a aquisição do recém-formado!
Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. VITORNANI,

    vou lhe confidenciar uma frescura explicita de meu temperamento de macho(rs): Cara eu tenho um medo de altura, incurável.

    Imagine eu fazendo um voo de trike!

    Fala sério

    Um abração carioca.

    ResponderExcluir
  2. Tem que dominar o medo, Paulo! Coragem! Abraços!

    ResponderExcluir

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